Há cinco décadas nas áreas de consultoria, mentoria, treinamento e desenvolvimento, Luiz Affonso Romano iniciou seu trabalho com foco em 85% para empresas, mas com o tempo também passou a atender a pessoas físicas. Ele dá suporte tanto no formato presencial, quanto no formato online, com sessões para executivos em transição de carreira, aposentados e militares da reserva ou reformados que desejem migrar para a consultoria.
Desde 2012, Romano coordena a pesquisa anual “Perfil das Empresas de Consultoria no Brasil”. Com o Laboratório da Consultoria, perfil do Instagram criado por ele, dá dicas para quem deseja seguir carreira. “O consultor deve ter como prática normal de desempenho a comunicação verbal (oral e escrita), base de seu relacionamento com consultores e clientes. Ele aparece de forma constante, contudo moderada, nos meios de comunicação como articulista, colunista, analista e fonte, divulgando suas atividades, o que faz o consultor, como ser reconhecido pelos potenciais clientes e o mercado da consultoria”, indica.
No site Cultura e Negócios, Romano apresenta dicas no Momento Consultor, apresentado semanalmente. Ele também fundou e presidiu a Associação Brasileira de Consultores (ABCO), que até hoje tem uma grande importância para sua vida.
“Criar desde a década de 1980 uma rede de consultores para não mais se associarem por contrato social registrado em cartório, e sim conversarem para conhecer as competências e experiências múltiplas e formatarem parcerias por projeto. Ser dono do meu tempo, do meu relógio do ponto, protagonista da vida e trabalho. Haja vista que dividimos o nosso tempo profissional na prestação da consultoria contratada, atualização constante – estudando -, cuidando da rede e prospectando, aqui havemos de alcançar novos clientes, que em razão da automação surgem num novo personagem: o(a) executivo(a), agora autônomo, independente, experiente e capacitado em saber, com bastante conteúdo, carente de reconhecimento do mercado, com deficiente rede de relacionamentos, sem, ainda, competência individual testada e autogestão no trabalho”, comenta.
Romano lembra ainda que, nas décadas de 1970, 1980 e parte de 1990, o intervencionismo governamental – que em troca da reserva de mercado controlava preços e tarifas, alíquotas de importação, exportação, entrada de novas empresas e, com isso, devorava a gestão da diretoria, que passava mais tempo em reuniões com as autoridades (CIP, CPA, CACEX, CDI, SUMOC) do que administrando as empresas – fez com que fossem diagnosticados grandes problemas onde trabalhou/trabalha. Sobre suas soluções, acredita que cada empresa tem um diagnóstico diferente.
Tudo muda no mundo – e com a consultoria não é diferente. Para Romano, do mundo de escritórios, a área passou a ser conduzida por home office – das viagens semanais para encontrar os clientes para o ambiente virtual de Skype, Zoom e Gmail; dos contratos anuais para os por hora, por projeto; dos treinamentos in company para todos os executivos da empresa, 8h X 5 dias para esporádicos abertos; de empresas de 8.000 empregados (administrativos e operários) para 500 empregados; de sólidas multinacionais que foram fundidas e incorporadas, ninguém mais conhece; com diversas gerações de consultores firmando parcerias e atuantes.