De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), como parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o Brasil registrou taxa média de desemprego de 14,2% entre novembro e janeiro, o mais alto índice para o período desde 2012, quando se iniciou a série histórica do levantamento.
Atrás apenas dos 14,3% constatados entre agosto e outubro de 2020, a cifra do último trimestre móvel representa 14,3 milhões em população desocupada no país, apresentando uma alta de 3 pontos percentuais ante a taxa do mesmo período encerrado em janeiro do ano passado (11,2%), antes da eclosão da pandemia da Covid-19.
Já a população ocupada cresceu 2%, somando 86 milhões de pessoas – 1,7 milhão a mais que no trimestre anterior – e elevando o nível de ocupação (ou seja, a porcentagem de brasileiros ocupados em idade de trabalhar) para 48,7%. O aumento foi impulsionado principalmente pelos novos registros na informalidade: os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado cresceram em 3,6% (339 mil pessoas a mais) na comparação com o trimestre anterior, enquanto os autônomos sem CNPJ aumentaram em 4,8% (82 mil pessoas a mais) no intervalo. Por sua vez, os empregados domésticos sem carteira assinada somam 3,6 milhões de pessoas, com a alta de 5,2% ante o período anterior.
Ainda segundo a Pnad Contínua, há estabilidade na relação entre o total de profissionais de carteira assinada do último trimestre (29,8 milhões) com o precedente, e a população desalentada (aquela que não procurou emprego, mas estava disponível e gostaria de conseguir trabalho) chegou a 5,9 milhões, outro recorde de alta desde o início da série histórica, absorvendo mais 1,2 milhão de brasileiros em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.