A nova greve dos caminhoneiros, iniciada nesta segunda-feira (1º), não tem registrado bloqueios totais ou parciais em rodovias brasileiras até o início desta tarde, conforme boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura.
O governo federal obteve liminares na Justiça para impedir o fechamento de estradas em 20 estados do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí e Bahia.
Líderes da categoria asseguram, porém, que a paralisação continua enquanto tentam reverter as decisões judiciais, que estabelecem multas de até R$ 1 milhão por pessoa jurídica que apoiar bloqueios. “Estamos trabalhando para derrubar no Supremo Tribunal Federal (STF) as liminares”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, também conhecido como Chorão.
Os caminhoneiros reivindicam a revisão do Preço de Paridade de Importação (PPI) adotado pela Petrobras desde o governo do presidente Michel Temer, conforme o qual os valores dos combustíveis seguem o mercado internacional e a variação do dólar, além do cumprimento do piso mínimo do frete, uma conquista da greve de 2018 que, segundo a classe, ainda não é totalmente respeitada pelas empresas do setor. Os trabalhadores pedem ainda o retorno da aposentadoria especial para a categoria; antes da Reforma da Previdência, o caminhoneiro podia se aposentar com 25 anos de contribuição, independentemente da idade e sem incidência do fator previdenciário, mas agora deve ter pelo menos 60 anos e sua aposentadoria é proporcional.
(com UOL)