O governador de São Paulo, João Doria, tem sido pressionado para reabrir o comércio no estado, especialmente às vésperas do Dia das Mães, considerado o “Natal” do primeiro semestre para o varejo. Por considerar que não é possível afrouxar as medidas restritivas por hora, Doria sugeriu nesta quarta-feira (29), em reunião, que a data fosse adiada do tradicional segundo domingo de maio, para alguma data em julho.
A reunião virtual do Comitê Empresarial Econômico aconteceu nesta tarde entre 328 empresários, algumas entidades do comércio e o governo do estado. O adiamento proposto é apoiado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mas foi rechaçado por diversas entidades do setor, afirma reportagem da Veja.
Um levantamento realizado pela CNC, entre os dias 15 de março e 18 de abril, mostra que comércio varejista perdeu R$ 86 bilhões. O valor é equivalente a 39 pontos percentuais negativos no faturamento do varejo, quando comparado ao período pré-pandemia.
No entanto, o economista da mesma instituição, Fabio Bentes, concorda que não há clima para celebrar o Dia das Mães em maio. “Há uma queda sem precedentes no varejo. Hoje não há clima para qualquer consumo além do essencial. Adiar os Dias das Mães para julho, por exemplo, poderia fazer com que o comércio tivesse um resultado menos negativo.