Após dois dias de reuniões presenciais em Londres (Reino Unido), os ministros das Finanças do G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo, anunciaram no último sábado (5) um compromisso conjunto para a criação de um imposto mundial mínimo de 15% para grandes empresas multinacionais, inspirado em um plano já defendido pelo governo do presidente norte-americano Joe Biden.
A iniciativa histórica aponta para o esforço dos países em questão – Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Canadá – pela implementação de uma reforma tributária global “adaptada à era digital”, segundo o ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, e representa um impulso para a reunião do G20, prevista para julho em Veneza (Itália), onde um acordo formal sobre o tema deverá ser firmado.
Para o ministro alemão das Finanças, Olaf Scholz, o acerto coletivo será “uma boa notícia para a justiça e a solidariedade fiscais e uma má notícia para os paraísos fiscais em todo o mundo”. “As empresas não poderão mais fugir de suas obrigações tributárias transferindo habilmente seus lucros para países com baixa tributação”, destacou Scholz.
Os países ricos buscam há anos organizar maneiras para arrecadar mais receita das grandes multinacionais, que costumam lucrar em jurisdições onde pagam pouco ou nenhum imposto. A proposta de reforma defendida pelo G7, focada especialmente em big techs norte-americanas como Google, Facebook e Amazon, apoia a definição de métodos específicos de tributação de seus ganhos e de distribuição mais justa dessas receitas, impondo às companhias o pagamento de taxas não somente nas jurisdições em que estão registradas, mas onde obtêm lucros.
(com informações da AFP e UOL)