Em assembleia nesta quarta-feira (12), trabalhadores da fábrica da Ford em Camaçari (BA) decidiram pela aprovação unânime do acordo proposto para o fechamento da unidade, anunciado em janeiro pela montadora, que está de saída do Brasil.
O acerto coletivo segue o que foi determinado no mês passado junto aos funcionários de outra planta nacional da Ford, em Taubaté (SP), com o pagamento de pelo menos R$ 130 mil em compensações financeiras complementares às rescisões.
Cada empregado da linha de montagem deverá receber 2,05 salários por ano de trabalho na fábrica, enquanto aqueles do setor administrativo terão direito a 1 salário para cada ano trabalhado, com a garantia de um piso indenizatório de R$ 130 mil.
“Além do valor mínimo de R$ 130 mil, os trabalhadores receberão um montante fixo de R$ 30 mil quando o cálculo da indenização ultrapassar esse valor”, explicou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, segundo o qual o acordo “cria condição de minimizar impactos da saída da empresa da região”.
Com cerca de 4.500 funcionários, a unidade do município baiano produzia os modelos EcoSport e Ka, mas atualmente fabrica somente peças para reposição (assim como a de Taubaté), com previsão para encerramento definitivo até julho, de acordo com Bonfim. A Ford manterá até o terceiro trimestre do ano apenas sua linha de montagem dos jipes Troller, em Horizonte (CE).
(com informações de Agência O Globo e Estadão Conteúdo)