A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) declarou, em comunicado divulgado neste domingo (3), que espera iniciar ainda neste mês no Brasil a aplicação da vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, no Reino Unido. No último sábado (2), a entidade brasileira, responsável pela fabricação e distribuição do imunizante no país, teve aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seu pedido de importação de dois milhões de doses do medicamento, autorização concedida em caráter excepcional pelo fato de a vacina ainda não ter sido formalmente liberada por aqui.
A estratégia da Fiocruz é dispor de doses armazenadas para início imediato da vacinação logo após a Anvisa avalizar seu uso emergencial, a ser solicitado nesta semana, que deve contemplar, através do Sistema Único de Saúde (SUS), grupos prioritários como idosos e profissionais da área de saúde. De acordo com a agência, a análise de pedidos de aplicação em caráter de emergência dura no máximo dez dias.
A Fiocruz informou que também deve submeter um pedido de registro definitivo do imunizante no próximo dia 15. Na mesma nota, o laboratório destacou ainda que, até julho, entregará 110,4 milhões de doses ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, e com a incorporação de tecnologia prevista pelo acordo com a Universidade de Oxford e o AstraZeneca, produzirá por conta própria mais 110 milhões delas ao longo do segundo semestre deste ano.