Líder do Centrão, o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) é foco de um novo escândalo de corrupção divulgado pelo jornal “O Estado de S. Paulo” nesta quinta-feira (3). O parlamentar, tido como favorito para disputar em fevereiro, com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, a eleição à presidência da Câmara dos Deputados, é suspeito de ter comandado esquema de “rachadinha” em Alagoas.
De acordo com denúncia de 2018 pela Procuradoria-Geral da República, Lira movimentou mais de R$ 9,5 milhões em sua conta entre 2001 e 2007, como resultado da apropriação de parte dos salários de assessores parlamentares e falsos funcionários públicos.
Documentos da PGR indicam que o grupo liderado por Lira, à época deputado estadual alagoano, também “utilizava empresas de terceiros para simular negociações jurídicas e financeiras buscando operacionalizar o desvio de recursos e ocultar a origem ilícita”. O órgão o denunciou, ainda em 2018, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
O caso já rendeu a Lira condenação por improbidade administrativa na Câmara Cível de Alagoas, e uma ação penal ainda segue em sigilo no Tribunal de Justiça do Estado.