A rede de moda Farm está no centro de uma grande polêmica que tomou as redes sociais nesta quarta-feira (9). É que a empresa anunciou no Instagram o lançamento de um cupom online em nome de Kathlen Romeu, morta ontem (8) durante uma operação policial no Rio de Janeiro (RJ).
A jovem negra de 24 anos, que estava grávida de 4 meses, trabalhava como vendedora em uma das unidades da marca e foi atingida por uma bala perdida em meio a um confronto entre PMs e traficantes na Zona Norte da cidade.
“A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen – E957 – terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela”, escreveu a Farm em postagem na rede social.
“Sabemos que nada que fizermos poderá trazer Kath de volta mas nos comprometemos a acelerar ainda mais nossos processos de inclusão e equidade racial para transformar as cruéis estatísticas que levam vidas jovens negras como a de Kath a cada 23 minutos no nosso país”, acrescentou.
A ação, porém, logo se tornou alvo de críticas por parte de vários usuários, que acusaram a loja de roupas de buscar lucro com a comoção em torno da morte de sua funcionária. Além de afirmar que o valor da comissão se trata apenas de um percentual, comumente destinado ao vendedor, do total obtido pelas vendas, muitos internautas alegam que, dessa forma, a Farm estaria fazendo Kathlen seguir trabalhando para a empresa.
“Se autopromover com a morte alheia? Ganhar dinheiro em cima? Como pode, Farm? Poderia realizar toda ajuda necessária e financeira sem precisar lucrar com isso”, comentou a influencer Nath Finanças.
“Ou seja, a Kathlen vai continuar gerando lucro pra vocês até depois de assassinada?”, protestou a intelectual e ativista Winnie Bueno.
(com informações de Revista Fórum e iG)