Ao realizar
simulações para empréstimos, o empreendedor pode se deparar com a
seguinte dúvida: qual o valor exato de que sua empresa necessita
naquele momento? Atualmente, o desafio não é conseguir
o empréstimo em si, mas chegar a um valor ótimo — ou seja,
que atenda à necessidade atual do negócio e permita parcelas que se
ajustem às receitas.
Entenda a seguir
como definir o valor ideal do empréstimo para sua empresa, entenda
quais indicadores financeiros observar antes de solicitar o crédito
e saiba o que observar para calcular o custo do empréstimo.
Como saber se minha empresa pode arcar com um
empréstimo?
Antes de tudo, é
necessário avaliar a viabilidade
financeira do seu negócio para saber se é possível arcar com
as parcelas mensais do empréstimo. Essa etapa é útil inclusive
para negociar custos menores — se o seu negócio apresentar bons
números, o fornecedor do empréstimo entende que o risco de
inadimplência é menor.
Confira abaixo os
principais indicadores de desempenho:
Faturamento bruto
Trata-se,
simplesmente, da soma das receitas da empresa em um dado período,
seja trimestre, semestre ou ano. Essa métrica é útil para que se
saiba como as vendas estão indo de acordo com a prospecção feita
anteriormente. Um faturamento abaixo do esperado pode ser oriundo do
baixo volume de vendas ou de um desajuste de preços. Já um
faturamento dentro da meta estabelecida mostra que há uma
previsibilidade de receitas.
Lucratividade
Já a
lucratividade indica, como o próprio nome sugere, a capacidade de
uma empresa para gerar lucro. Medida em percentual, essa taxa pode
ser obtida dividindo-se o lucro líquido (descontados os custos fixos
e variáveis) e o faturamento bruto mensal. Por exemplo, se seu
faturamento no último mês foi de R$ 20 e o lucro líquido ficou em
R$ 2 mil, sua lucratividade é de 10%.
Essa porcentagem
é o que “sobra” todo mês para sua empresa fazer
investimentos ou poupar. Por isso a lucratividade é um indicador
importante na hora de obter um empréstimo para sua empresa. Mostra
que existe uma margem para investimento, o que sugere menos risco.
Custos fixos
A estrutura de
custos de um negócio revela a sustentabilidade de uma empresa. Os
custos fixos referem-se àqueles que são previsíveis e não variam
se o empreendedor aumentar a produção. Um exemplo é o aluguel do
ponto comercial: embora possa sofrer reajustes, seu valor não varia
durante a maior parte do tempo.
Se os custos
fixos estiverem altos, a empresa tem menos margem financeira para
arcar com juros e taxas de crédito. Caso contrário, o negócio
demonstra escalabilidade e apresenta menos riscos para a instituição
de crédito.
Margem operacional
Dividindo-se o
lucro operacional anual pela receita líquida do mesmo período e
colocando o valor em percentual, obtém-se a margem operacional de um
negócio. Esse indicador mensura a eficiência de uma empresa — ou
seja, a participação das atividades operacionais na receita
líquida. A cada R$ 1 proveniente das vendas no sei negócio, uma
determinada parcela refere-se à margem operacional.
Grau de endividamento atual
Por fim, o grau
de endividamento mostra se seu empreendimento conta com margem para
contratar mais crédito. Entenda que endividamento, quando se trata
de uma empresa, não é necessariamente ruim: é preciso observar a
destinação dos recursos obtidos com a geração da dívida. Se o
dinheiro é usado para sanar despesas correntes, há um problema;
essas contas deveriam ser cobertas com as receitas próprias do
negócio.
Quando as
despesas superam as receitas, a única maneira de cobrir a diferença
é contratando mais crédito, que irá gerar mais despesas. Por outro
lado, se a dívida é usada para gerar mais lucro ou financiar uma
movimentação estratégica, espera-se que a receita obtida com o
investimento cubra o débito.
Entenda a seguir
alguns critérios que você precisa ter em mente quando estiver
prestes a contratar uma linha de crédito.
Como calcular o valor necessário do empréstimo
para minha empresa
Observe a dimensão do projeto
Em primeiro
lugar, saiba exatamente o que você vai fazer com o dinheiro. Crédito
não é receita, mas sim um produto financeiro que tem um custo;
portanto, ele deve ser bem utilizado para que a empresa consiga
aproveitar uma oportunidade e gerar lucro.
O dinheiro do
crédito será utilizado para criar um capital de giro? Ou abrir uma
nova unidade da sua empresa? Seja qual for a destinação, você fez
projeções que indiquem ou façam uma aproximação do valor que
você precisa para que o investimento seja bem sucedido? Essas
perguntas farão com que você entenda com clareza os motivos
para pedir um empréstimo para sua empresa.
Foque apenas no que você precisa
É uma armadilha
comum colocar as mãos no dinheiro e começar a usá-lo em outras
áreas que não fazem parte do escopo. Lembre-se que o dinheiro deve
render o suficiente para cobrir o custo do crédito e gerar lucro.
Para isso, é necessário focar no projeto inicial e não se deixar
levar por distrações.
Por exemplo, se
você tomou crédito para lançar uma campanha agressiva de
marketing, concentre todos os recursos nessa frente e esteja sempre
atento à análise de ROI. Se foi para cobrir os custos de
desenvolvimento do site corporativo e identidade visual, faça com
que a interface do seu negócio seja a mais atrativa possível. Você
tem os recursos do empréstimo para esse fim.
Se, ao final do
projeto, houver sobra financeira, você pode quitar o saldo devedor
sem pagar juros das parcelas restantes ou investir em outra frente. O
importante é que o foco foi mantido e que o projeto foi bem
sucedido.
Veja se as parcelas se enquadram na receita
As parcelas do
empréstimo passarão a fazer parte da estrutura de custos da sua
empresa por meses ou até anos. Para se chegar ao valor ótimo do
empréstimo para sua empresa, é importante considerar a receita do
negócio enquanto baliza: caso o valor mensal das parcelas cubra a
metade da receita líquida, fique atento.
É possível
calcular um empréstimo considerando o seu valor total, o valor das
parcelas, o tempo desejado (ou número de parcelas) e a taxa de juros
— ou apenas algumas dessas variáveis. O Banco
Central conta com uma calculadora específica para esse tipo de
operação, abrangendo tanto simulações para pessoas físicas
quanto para pessoas jurídicas.
Você também
pode simular parcelas e prazos por meio da plataforma
BizCapital.
Saiba qual o Custo Efetivo Total (CET)
A taxa de juros é
o indicador mais utilizado em propagandas de instituições de
crédito, mas o que também deve ser observado é o Custo Efetivo
Total (CET) da operação. Nele, estão incluídos taxas e encargos
financeiros que nem sempre aparecem de forma transparente para o
empreendedor.
No entanto, as
instituições de crédito são obrigadas, de acordo com a resolução
3.517/2007 do Conselho Monetário Nacional (CMN), a informarem o
CET de qualquer operação de crédito para o cliente.
O crédito é um
instrumento poderoso para qualquer negócio. Ele possibilita o
crescimento e o aproveitamento de oportunidades cruciais para sua
empresa e garante um fôlego na corrida competitiva. Utilize-o com
consciência e busque fazer um uso eficiente do empréstimo para sua
empresa, evitando gastos supérfluos.
Quer saber o
custo para contratar um crédito empresarial? Faça uma simulação
gratuita e online na plataforma BizCapital.