A tradicional revista “Forbes” divulgou recentemente um ranking com os 20 mais poderosos CEOs abaixo dos 40 anos. Para o professor Cleber Zanetti, da Institute Business Education (IBE) – conveniada da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Brasil -, educação executiva, junto de ideias inovadoras e boa gestão, são os principais focos dessa nova geração de líderes.
“A formação executiva é importante, não apenas para os CEOs, mas para todos os profissionais que buscam evoluir técnica e profissionalmente”, avalia. A formação executiva é de extrema importância porque traz à tona uma série de ponderações do dia a dia, facilitando a tomada de decisões dos gestores.
Mark Zuckerberg, do Facebook, continua no topo da lista da “Forbes”. Ele é imediatamente seguido por Marissa Meyer, a CEO do Yahoo!. Jack Dorsey, empresário de 29 anos, é novidade no ranking e ocupa duas posições, uma como CEO do Twitter e outra como CEO do Square.
Zanetti pondera que é cada vez mais comum o surgimento de lideranças jovens, devido ao crescimento de startups e modelos de gestão com maior apelo aos mais novos. Ele ressalta, porém, que devem ser observadas algumas qualidades necessárias a todos os líderes. “Todo gestor deve saber conduzir de forma coesa sua equipe, objetivando a concretização dos projetos com profissionalismo, ética, bom senso e expertise. O líder, mais do que tudo, deve ser um exemplo para sua equipe. Os modelos de gestão que contemplam respeito, feedback e trato com a equipe são favorecedores dos CEOs jovens”, destaca.
O professor estabelece que, por expertise ser um ponto importante, cada vez mais os líderes buscam modelos de formação executiva, como pós-graduação e MBA. “É difícil encontrar bons líderes, pois eles precisam apresentar um know-how de habilidades e competências bem avançado. Um líder que não consegue extrair o máximo potencial de sua equipe, ou não tem conhecimento necessário da área, dificilmente terá uma carreira de sucesso. Portanto, cada vez mais vemos a procura pelo modelo”, explica.
A pesquisa “Cursos de Especialização Lato Sensu no Brasil”, publicada pelo Instituto Semesp, traz um levantamento inédito sobre o cenário dos cursos de pós-graduação lato sensu, que corresponde a pós-graduação e MBA. O estudo revela que o número total de alunos que frequentam cursos de especialização de nível superior vem aumentando desde 2016 e a sua grande maioria frequenta cursos em instituições privadas (88%). Nos últimos quatro anos, houve um crescimento de 74% puxado pela rede privada, que aumentou 80% contra 41% na rede pública.
Para concluir, Zanetti reforça que o fato de líderes mais jovens estarem surgindo não apaga boas lideranças acima dos 40 anos. “Em minha jornada acadêmica já tive excelentes líderes em idade avançada”, finaliza.