O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou nesta segunda-feira (7) que pretende fornecer a CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac, para outros estados brasileiros.
Durante coletiva de imprensa para divulgar o plano estadual de imunização contra a Covid-19, Doria afirmou que 4 milhões das 46 milhões de doses previstas deverão ser oferecidas a outros governadores, sem citar quais estariam interessados, mas especificando trabalhadores da linha de frente como grupo a ser contemplado.
“O objetivo é que esses estados possam iniciar a imunização dos seus profissionais de saúde, público prioritário no combate à Covid-19, reconhecendo o sacrifício de quem arrisca a vida para salvar vidas”, disse o governador, adiantando que os prefeitos Eduardo Paes (DEM), do Rio de Janeiro (RJ), e Rafael Greca (DEM), de Curitiba (PR), já o contataram para a compra da mesma vacina.
Como a campanha de imunização da Coronavac será feita com a aplicação de duas doses, com 21 dias de intervalo, a oferta deve atender 2 milhões de brasileiros fora de São Paulo.
No Estado, a primeira fase da vacinação terá início no dia 25 de janeiro, aniversário da capital paulista, com conclusão prevista para 28 de março. O primeiro dos grupos prioritários dessa etapa é formado pelos profissionais de saúde, indígenas e quilombolas, sendo o segundo composto por idosos a partir de 75 anos. Outras três faixas etárias de idosos serão contempladas.
Para ter seu uso liberado, porém, a Coronavac, em fase final de testes, ainda precisa passar pela aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até a próxima semana, o Instituto Butantan pretende enviar documentos que comprovem a eficácia da vacina ao órgão federal, com expectativa de que este confira uma autorização emergencial para a imunização até meados do próximo mês.