A primeira grande reviravolta das eleições presidenciais americanas deste ano pode acontecer no estado da Pensilvânia. O juiz da Suprema Corte Samuel Alito atendeu parcialmente um pedido feito por advogados da campanha de Donald Trump e ordenou que todos os votos enviados pelo correio no estado depois do dia 3 de novembro (data da votação presencial) fossem contabilizados separadamente.
Embora não tenha acatado o pedido para paralisar a contagem no estado, a decisão do juiz deixa margem para iniciativas nesse sentido futuramente, como uma recontagem ou mesmo a anulação desses votos. A campanha de Trump vem pedindo desde antes da eleição que não fossem aceitos votos enviados depois do dia da eleição presencial.
Em caso de anulação de todos os votos recebidos pelo correio depois do dia 3 na Pensilvânia, a depender do andamento da apuração, Trump pode acabar vencendo no estado, que é considerado chave na disputa, com 20 delegados.
Na Suprema Corte, a análise da questão ficou suspensa porque não houve consenso: o debate ficou empatado. Mas a morte da ministra Ruth Ginsburg há algumas semanas mudou o cenário. Ela era uma das mais liberais do tribunal, portanto contrária a Trump, e foi substituída por Amy Coney Barrett, vista como ultraconservadora. A nova composição pode ser favorável a Trump.
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