A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou nesta terça-feira (25) sobre duas empresas estrangeiras que tentam captar recursos de investidores brasileiros para aplicações em valores mobiliários por meio de plataformas online de negociação.
Segundo a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM, uma dessas paginas online é a www.icmarkets.com, aparentemente mantida pelas empresas Raw Trading LTD, International Capital Markets Pty, IC Markets (EU) Ltd. e IC Markets Ltd. Nenhuma tem autorização da CVM.
A SMI também alertou sobre a página www.orotrader.com, que seria mantida pelas empresas KOI Global LLC, Ventura Group e Orotrader. A página oferece negociação com bitcoins. As empresas também não têm autorização da CVM para captar recursos de investidores brasileiros.
Segundo a CVM, a autarquia determinou a imediata suspensão de veiculação de qualquer oferta pública de serviços de intermediação de valores mobiliários, de forma direta ou indireta, pelas empresas. Se não adotarem a determinação da CVM, os envolvidos podem ser multados em R$ 1 mil por dia.
CVM tem menor orçamento em 13 anos e sofre risco de paralisação
Com um corte de R$ 14 milhões em despesas discricionárias, a Comissão de Valores Mobiliários chega ao seu menor valor orçamentário dos últimos 13 anos. Com os cortes, a verba para despesas em 2022 caiu mais da metade e ficaram em R$ 12,7 milhões, segundo levantamento com os dados do Siga Brasil, sistema de dados do Senado, feito pelo jornal O Estado de S.Paulo.
Em 2018, por exemplo, o gasto discricionário da CVM era de R$ 27 milhões. Em 2019, R$ 25 milhões. Apesar disso, foram R$ 20 milhões em 2020, já figurando como o valor mais baixo dos últimos anos, mas em 2021 a verba cresceu e alcançou R$ 26 milhões.
Os valores discricionários são os destinados a custear a estrutura, sendo que os salários são pagos com outro orçamento.
Segundo fontes ouvidas – que incluem ex-diretores e ex-presidentes do órgão regulador de mercado – há risco de paralisação por conta do orçamento ainda menor.
Com a cifra de R$ 12,7 milhões sendo aprovada, o órgão destaca, em nota, que “é de se esperar que os trabalhos da autarquia sejam impactados de forma relevante” no ano de 2022.
Dentro dos segmentos, o principal corte ficou com a área de supervisão do mercado de valores mobiliários. Nessa linha da planilha, foram R$ 5,1 milhões a menos.
Além da CVM, todos os órgãos que estão vinculados ao Ministério da Economia tiveram mais da metade das despesas discricionárias cortadas.
(Com informações da Agência Estado)
Por Bruno Galvão
Conteúdo publicado originalmente no SUNO Notícias