A Universidade de Oxford anunciou nesta quarta-feira (23) que realizará novos testes para determinar os efeitos do uso de ivermectina no tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus em ambientes não hospitalares.
De acordo com a instituição, análises laboratoriais indicaram que a administração do remédio antiparasitário resultou na redução da replicação do vírus, enquanto um pequeno estudo piloto apontou que sua adoção antecipada poderia diminuir a carga viral e a duração dos sintomas em quadros leves da infecção.
Apoiada pelo governo do Reino Unido, a série de estudos conhecida como Principle já constatou, por exemplo, a ineficácia dos antibióticos azitromicina e doxiciclina no combate à Covid-19 em estágios iniciais.
Apesar de ser contraindicado para combater a doença por órgãos sanitários internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ivermectina tem sido utilizada para tratar infectados pelo novo coronavírus em países como Argentina, Índia e Brasil, tendo sido defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como parte de um “tratamento precoce” contra o SarS-CoV-2.
“Ao incluir a ivermectina em um ensaio clínico de grande escala como o Principle, o que esperamos é gerar evidências robustas para determinar quão eficaz esse tratamento contra a Covid-19 é e se há benefícios ou danos associados ao seu uso”, explicou Chris Butler, um dos pesquisadores envolvidos no estudo.
Voluntários que apresentem problemas graves no fígado ou estejam tomando o anticoagulante varfarina, entre outros remédios que tenham reconhecida interação medicamentosa com a ivermectina, não serão recrutados para os novos testes.
(com informações de O Globo e Terra)