Em meio à gradual reabertura de alguns destinos turísticos internacionais para a chegada de viajantes estrangeiros, a Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu nesta quinta-feira (1º) que todos os governos regionais, nacionais e locais reconheçam como totalmente imunizados contra a Covid-19 os visitantes que tiverem recebido vacinas consideradas seguras pela entidade – mesmo em lugares onde algumas dessas fórmulas ainda não tenham sido aprovadas.
A lista de imunizantes reconhecidos pela OMS inclui as vacinas dos laboratórios Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Janssen, SinoVac e Sinopharm, mas órgãos reguladores europeus e norte-americanos não aprovaram, por exemplo, as fórmulas destes dois últimos, amplamente adotadas em regiões em desenvolvimento, como África e América Latina – incluindo o Brasil, onde a CoronaVac, do SinoVac, é a mais aplicada desde o início da campanha nacional de imunização.
Em nota, a entidade internacional alerta que “qualquer medida que apenas permita que pessoas protegidas por algumas vacinas aprovadas pela OMS se beneficiem da reabertura das viagens criará um sistema duplo, aumentando as divisões globais em torno dos imunizantes e exacerbando as desigualdades”, além de exercer “impacto negativo no crescimento das economias que mais sofrem”.
(com a Agência RTP)