Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (15), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, se dirigiu ao governo da China para cobrar maior cooperação e transparência no fornecimento de informações para as atuais investigações sobre as origens da pandemia da Covid-19 no país.
“Pedimos à China que seja transparente e aberta, e que coopere”, afirmou o chefe do órgão, acrescentando: “Devemos isso aos milhões que sofreram e aos milhões que morreram para saber o que aconteceu”.
Uma equipe de especialistas liderada pela OMS chegou a empreender uma investigação de quatro semanas na cidade de Wuhan, considerado o epicentro global da crise sanitária, e relatou dificuldades pela falta de dados brutos a respeito dos primeiros dias de disseminação do novo coronavírus no local. Uma segunda fase do estudo, porém, está sendo planejada, de acordo com o especialista de emergências da entidade, Mike Ryan.
Em uma das conclusões preliminares da etapa anterior, a OMS havia classificado como “extremamente improvável” que a Covid-19 tenha se disseminado a partir de um incidente de laboratório na região, mas países como os Estados Unidos não descartam essa possibilidade, e o governo de Joe Biden tem empreendido investigações próprias para buscar esclarecimentos.
A China, por sua vez, descreve como “absurda” a teoria de que o vírus tenha escapado de manipulações científicas, acusando-a de “politizar” o caso.
(com a Agência Reuters)