O governo federal assinou nesta sexta-feira (19) contratos para a compra de mais duas vacinas desenvolvidas para combater a pandemia do novo coronavírus: serão entregues, entre abril e setembro, 100 milhões de doses do imunizante produzido pela farmacêutica norte-americana Pfizer e, entre julho e dezembro, outros 38 milhões da fórmula da Janssen (do grupo Johnson & Johnson), também dos Estados Unidos.
Elas se juntarão à CoronaVac e à Covishield, as duas vacinas aplicadas até o momento na população brasileira pela campanha governamental de imunização contra a Covid-19.
O imunizante da Janssen, único administrado em apenas uma dose, ainda não tem, porém, permissão para uso emergencial (como a CoronaVac) ou registro definitivo (como a da Pfizer e a Covishield) no Brasil; a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por conceder as autorizações, aguarda solicitação da empresa norte-americana.
Enquanto a aprovação de uso emergencial possibilita a aplicação em caráter temporário e restrita a grupos prioritários, o registro definitivo permite que a fórmula seja usada em permanentemente e para toda a população, incluindo sua comercialização para o setor privado.
De acordo com o Ministério da Saúde – que passa por nova transição de comando, do general Eduardo Pazuello para o médico Marcelo Queiroga -, com os novos contratos o país já acertou a aquisição de 562 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para 2021. Atualmente, a pasta ainda negocia a compra de 13 milhões de unidades do imunizante da norte-americana Moderna e 10 milhões da Sputnik V, produzida pelo instituto russo Gamaleya.
Além disso, o Brasil deve receber outros 42 milhões de doses por meio do consórcio Covax Facility, iniciativa coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a distribuição de imunizantes pelo mundo, com a previsão de que 1 milhão delas chegue neste fim de semana.