Cinco estados brasileiros já anunciaram redução do intervalo entre as aplicações da primeira e da segunda dose da Covishield, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e o laboratório AstraZeneca, em suas campanhas locais de imunização.
O Ministério da Saúde tem orientado a adoção de um período de 12 semanas (três meses) entre as doses, prazo máximo indicado pela bula da Covishield, buscando ampliar o total de brasileiros contemplados por pelo menos uma dose – já que, 21 dias após sua primeira aplicação, a fórmula da AstraZeneca garante proteção parcial de 76%.
Mas diante da ameaça trazida pela variante delta do novo coronavírus, originalmente identificada na Índia e já registrada em 16 casos de Covid-19 no Brasil, alguns governos estaduais decidiram reduzir o intervalo entre as aplicações para aumentar a proteção contra a cepa – em conformidade com estudos recentes, que indicam que apenas a vacinação completa oferece proteção suficiente contra a delta, considerada muito mais transmissível que as outras mutações conhecidas.
O Acre definiu um período de 45 dias entre as duas aplicações da Covishield; Ceará e Pernambuco determinaram o prazo em 60 dias; no Espírito Santo e no Piauí, o intervalo foi reduzido para 70 dias. Outros estados também sinalizam alterações, entre os quais São Paulo, que declarou ainda depender de aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Ministério da Saúde informou estar “atento à possibilidade de alterações no intervalo recomendado”, mas em reunião técnica no início do mês, decidiu preservar a recomendação de 12 semanas.
(com informações do G1)