Foram confirmados os primeiros casos em solo brasileiro de infecção pela variante indiana do novo coronavírus, identificada como B.1.617. Os diagnósticos se referem a seis dos tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, vindo da China e ancorado na costa do Maranhão desde a semana passada.
A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20) pela secretaria de Saúde do estado. A embarcação já havia sido isolada em quarentena depois que um dos homens a bordo, um indiano de 54 anos, testou positivo para a Covid-19. Exames posteriores apontaram que este e outros cinco casos de contaminação entre os tripulantes do navio foram causados pela cepa originalmente identificada na Índia.
“No momento, apenas um dos tripulantes permanece internado e isolado em hospital privado. Os demais apresentam boa evolução clínica e se mantêm isolados em cabines na embarcação, que não vai atracar em solo maranhense”, declarou o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Chagas. “A variante já estava presente em 51 países e aqui na América do Sul só estava presente na Argentina. O Brasil acaba sendo o segundo país da América do Sul com confirmação da cepa”, acrescentou.
Ainda segundo ele, os médicos que prestaram assistência aos tripulantes chegaram à embarcação por via aérea, tendo sido testados antes e depois do atendimento e se mantido posteriormente em isolamento. O paciente hospitalizado também foi transportado a uma unidade da rede privada por helicóptero.
Na semana passada, o governo federal já havia determinado a proibição de voos internacionais com origem ou escala na Índia, que atravessa seu pior momento no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Nesta quarta (19), o país asiático registrou um recorde de 4.529 novas mortes decorrentes da doença em 24 horas.
Autoridades e pesquisadores ainda investigam se a B.1.617, descoberta no final de 2020, está ligada a uma maior transmissibilidade, gravidade ou mesmo capacidade de resistência às vacinas desenvolvidas contra a Covid-19, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) já a classificou como “digna de preocupação global”.
(com informações de CNN e G1)