Em coletiva de imprensa realizada na segunda-feira (12), o diretor de pesquisa clínica do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, havia levantado a possibilidade de que fosse adotada uma dose de reforço da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela entidade em parceria com o laboratório chinês SinoVac.
“Existem grandes preocupações sobre como melhorar a duração da resposta imune, e uma das alternativas que tem sido considerada é uma dose de reforço”, afirmou Palacios.
Após a declaração, passou a circular nas redes sociais a falsa informação de que o imunizante só seria eficaz contra o novo coronavírus após a aplicação de uma terceira dose. O próprio Butantan, porém, reagiu no mesmo dia para desmenti-la, assegurando a proteção dada pela administração das doses já previstas.
“O Butantan esclarece que não será necessária uma terceira dose da vacina contra a COVID-19. Afirmar isso é disseminar fake news. A Coronavac é segura e eficaz após o ciclo de duas doses e mais 15 dias, conforme apontam vários estudos”, escreveu o instituto, em sua conta oficial no Twitter, esclarecendo que apenas considera administrar uma dose no futuro para reforçar a imunização com uma nova composição: “O que o Butantan estuda é atualização da vacina, com a possibilidade de, no próximo ano, aplicar uma outra dose, em razão das novas cepas e da evolução da doença, como ocorre com a vacina da Influenza”.
Em entrevista à CNN Brasil, Palacios revelou que a dose de reforço poderia ser feita com a ButanVac, outra vacina em desenvolvimento pelo Butantan, que atualmente aguarda aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes em humanos. “Possivelmente a combinação dessas vacinas conseguirá melhorar a duração da resposta imune, dar um reforço adicional”, explicou.
(com informações de Exame e CNN Brasil)