O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou ter concedido um prazo máximo de 90 dias para que a agência de inteligência do país lhe entregue um novo relatório sobre suas investigações a respeito das origens do novo coronavírus, incluindo questionamentos à China.
Apesar de os primeiros casos confirmados de infecção pelo Sars-CoV-2 terem sido relacionados a um mercado de animais selvagens na cidade chinesa de Wuhan, apontando para uma origem natural da Covid-19 pela contaminação de humanos por outros seres vivos, os EUA também apuram a hipótese de que o vírus se disseminou acidentalmente a partir de um laboratório.
No último fim de semana, a propósito, o “The Wall Street Journal” noticiou uma descoberta recente dos agentes norte-americanos envolvidos no caso, segundo os quais, em novembro de 2019, semanas antes do início do surto local, profissionais do Instituto de Virologia de Wuhan adoeceram e tiveram de ser internados. Não há, porém, provas de que eles haviam sido, de fato, contaminados pelo vírus.
Em comunicado na quarta-feira (26), Biden apelou a países aliados para “pressionar a China a participar de uma investigação internacional completa, transparente e com base em evidências, e a fornecer acesso a todos os dados e provas relevantes” relacionadas ao tema. O regime de Xi Jinping tem sido criticado pela maneira como lida com a questão e os esforços internacionais relacionados a ela.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que teve acesso limitado aos dados do governo chinês quando alguns de seus agentes visitaram Wuhan, no início deste ano, para conduzir uma investigação sobre o caso. À época, porém, a delegação afirmou ser improvável que o novo coronavírus tenha surgido de um acidente de laboratório.
(com informações de G1 e CNN)