O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou nesta quarta-feira (10) que estudos preliminares realizados pela entidade comprovaram a eficácia da vacina CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês SinoVac, contra as três variantes da Covid-19 em circulação no Brasil – a britânica (B.1.1.7), a sul-africana (B.1.351) e a brasileira (B.1.1.28), da qual derivam as cepas de Manaus (P.1) e do Rio de Janeiro (P.2).
“Temos que avaliar se as vacinas produzem anticorpos contra essas variantes. E foi o que fizemos. Já sabíamos que os anticorpos produzidos pela vacina do Instituto Butantan tinham eficiência contra as variantes do Reino Unido e da África do Sul. E agora o estudo feito em associação com a USP [Universidade de São Paulo] mostra que a vacina tem eficiência também com as variantes P.1 e P.2. Portanto, estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra as variantes que estão circulando neste momento”, declarou Covas, de acordo com a Agência Brasil.
Ainda não foram divulgados, porém, os dados completos da pesquisa, que incluiu amostras de sangue de 35 voluntários vacinados na fase final de testes clínicos da CoronaVac no país, infectando-as em laboratório para analisar a capacidade de neutralização das novas variantes pelos anticorpos gerados pelo imunizante.
“O estudo completo inclui um número maior de amostras, que já estão em análise. Os resultados completos serão divulgados posteriormente”, anunciou em nota o governo de São Paulo.