Depois das desistências da Colômbia e da Argentina, que sediariam originalmente a Copa América de 2021, a competição esportiva foi transferida para o Brasil, de acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira (31) pela entidade responsável pelo evento, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).
“Gostaria de agradecer especialmente ao presidente Jair Bolsonaro e seu gabinete por sediar o torneio de seleções mais antigo do mundo”, escreveu o presidente da instituição, Alejandro Domínguez, acrescentando agradecimentos ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo.
O anúncio tem gerado polêmica nas redes sociais, com discussões e questionamentos sobre a viabilidade do evento, já que o Brasil continua entre os locais mais afetados pela pandemia da Covid-19 em todo o mundo, somando mais de 462 mil mortes causadas pela infecção – que, a propósito, foi mencionada pelo governo argentino para justificar sua desistência em sediar a competição; o país acumula cerca de 76 mil óbitos provocados pelo novo coronavírus e também enfrenta uma fase de agravamento da crise sanitária.
A reação negativa se estende à classe política: o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que acionará o Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a realização do torneio. “Agora, à tarde, eu entro com uma peça no Supremo Tribunal com uma mandado de segurança preventivo contra a realização da Copa América no Brasil. Alegando os fatos que com os números que o país está tendo, não se pode receber delegação de dez países para uma Copa que não tem nem vaga para pré-olímpico ou Copa do Mundo. Meramente comercial, podia ser adiada tranquilamente”, declarou.
Prevista para ocorrer entre os dias 13 de junho e 10 de julho, com a participação de 10 seleções (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), a Copa América ainda não definiu suas cidades-sede no país, mas já confirmou que Brasília (DF) estará entre elas.
(com informações de UOL e O Globo)