Um dos maiores fenômenos culturais da América Latina, os seriados “Chaves” e “Chapolin” continuarão rendendo novos frutos, seis anos após a morte de seu criador, o ator, roteirista e diretor mexicano Roberto Gómez Bolaños.
Em entrevista à revista “GQ” do México, repercutida por diversos jornais latino-americanos, o filho de Bolaños, Roberto Gómez Fernández, anunciou que as franquias do pai deverão ganhar produções inéditas, como um longa-metragem de ação protagonizado pelo herói Chapolin Colorado, que completou 50 anos em 2020, e uma série sobre as origens do garoto Chaves, que fará seu cinquentenário no próximo ano.
“Não temos certeza se podemos fazer um filme de super-herói americano que custa 20 milhões de dólares, mas algo que tenha uma produção de primeira qualidade”, declarou Fernández sobre o projeto com Chapolin, para o qual buscará atores que garantam amplo apelo popular: “Tem que haver um espectro de reconhecimento muito importante, que ele seja conhecido nos Estados Unidos ou que seja um desconhecido, mas que a representação do personagem seja ótima”.
Quanto aos planos relacionados a “Chaves”, Fernández adiantou que pode desenvolver um spin-off da série original, revelando aspectos pouco explorados do passado dos personagens, como a chegada do protagonista à vila onde se ambientam as histórias. “Há uma história que nunca foi para a televisão: a origem de Chaves. Só saiu em livro e poderíamos explorar as perspectivas dos diferentes personagens da vizinhança”, explicou.
Com um histórico de exibição no Brasil que envolve passagens pelos canais pagos Cartoon Network e Multishow, além das décadas de sucesso no SBT, as reprises de “Chaves” e “Chapolin” foram suspensas em agosto deste ano, após a família de Bolaños não ter chegado a um acordo com a rede Televisa sobre os direitos de exibição das séries.