De acordo com a previsão mais otimista da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC), a rede privada de saúde do país só deve poder comercializar imunizantes contra o novo coronavírus entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro de 2022.
A projeção, ratificada pelo presidente da entidade, Geraldo Barbosa, considera que as clínicas particulares serão abastecidas apenas quando houver excedente de produção da vacina, já que todas as fabricantes que desenvolvem testes de imunização no Brasil têm negociado inicialmente com os governos.
As instituições privadas também foram excluídas das regras para a autorização temporária e emergencial de aplicação de vacinas em grupos vulneráveis da população, anunciadas na última quarta-feira (2) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permitem a distribuição em caráter especial de imunizantes ainda em fase experimental. Essas campanhas de imunização específica só poderão ocorrer no âmbito da rede pública de saúde.
Ainda segundo Barbosa, a rede particular poderia oferecer as vacinas atualmente desenvolvidas pelos laboratórios norte-americanos Pfizer e Moderna, caso o governo brasileiro opte por não distribuí-las devido aos cuidados específicos de transporte e armazenamento que demandam – os quais poderiam ser atendidos pela estrutura privada. Mesmo assim, qualquer acordo só pode ocorrer após as negociações das fabricantes com o poder público.