De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a população brasileira terá de pagar R$ 3,1 bilhões a mais nas contas de luz deste ano para compensar o déficit na arrecadação de 2020, quando a cobrança da bandeira tarifária foi suspensa pela entidade, entre junho e novembro, para aliviar os efeitos econômicos da pandemia da Covid-19. As informações são do portal G1.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias aplica um valor adicional nas contas para compensar aumentos nos custos da produção nacional de energia, em períodos de atividade mais intensa das usinas termelétricas. O mecanismo dispõe de quatro bandeiras, entre a verde, que representa a suspensão da cobrança extra, e a vermelha de segundo nível, que soma R$ 6,24 para cada 100 kWh consumidos.
Devido à interrupção parcial de sua aplicação, foi arrecadado apenas R$ 1,33 bilhão do custo de R$ 4,45 bilhões que deveria ter sido coberto pelas bandeiras em 2020. “Essa diferença, esse valor que ficou faltando, vai entrar agora no ciclo tarifário de 2021”, explicou ao G1 o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, sobre o reajuste a ser integrado às tarifas das distribuidoras de energia.
Neste mês, vigora a bandeira tarifária amarela, que cobra R$ 1,34 extra para cada 100 kWh consumidos.