O Brasil está entre os países cujas populações demonstram maior interesse em se vacinar contra o novo coronavírus, segundo estudo divulgado nesta terça-feira (29) pelo Ipsos Global Advisor, em parceria com o Fórum Econômico Mundial. Apesar de o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já ter manifestado desconfiança sobre a segurança e eficácia dos imunizantes desenvolvidos para combater a doença, o país ocupa o segundo lugar entre as 15 nações pesquisadas, com 78% de seus entrevistados concordando com a declaração: “Se uma vacina para a Covid-19 estivesse disponível, eu tomaria”.
Epicentro original da pandemia, a China aparece na primeira posição, com 80% de intenção de receber a vacina, enquanto o Reino Unido, que iniciou sua campanha de imunização no início do mês, figura em terceiro lugar, com 77% de interesse.
Realizado entre os últimos dias 17 e 20 com 13.500 pessoas, o levantamento demonstra que apenas os EUA registraram real aumento em confiança na vacina; tendo começado a aplicar doses no dia 14, o país detém a 8ª posição com 69%, cinco pontos percentuais a mais que o índice observado no estudo anterior, de outubro.
Na outra extremidade do ranking, a França lidera as nações com maior rejeição ao imunizante, tendo apenas 40% de seus entrevistados expressando disposição para receber as doses contra a Covid-19, uma queda de 14 pontos percentuais desde o último levantamento. Rússia (43%), África do Sul (53%), Japão (60%), Itália (62%), Espanha (62%) e Alemanha (65%) aparecem em seguida.
As razões mais citadas para a rejeição à vacina foram o medo de seus efeitos colaterais, dúvidas quanto à sua eficácia e a oposição geral a imunizantes.