Gil do Vigor, participante do Big Brother Brasil, foi eliminado no último domingo (2) e não vai disputar a grande final, para alegria de muitos e tristeza de vários. Para quem não acompanha o reality, Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor, é doutorando em Economia, tem 29 anos, nasceu e foi criado em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Hoje mora com a mãe (sua melhor amiga), em Paulista, no mesmo Estado.
O pernambucano sempre estudou muito para driblar a realidade difícil. Já foi vendedor de seguros, cantor de coral erudito e missionário mórmon e, graças às missões, conheceu diferentes lugares.
Diferente de muitos participantes, Gil não pode ser chamado de “planta”, pessoas conhecidas por não aparecerem no jogo: ele foi um dos grandes protagonistas da temporada, chorou, dançou, soltou bordões, errou, brigou com várias celebridades e viveu com muita intensidade. Ou seja, não ganhou o BBB, mas ganhou nossos corações.
Eu, como grande fã do Gil, aprendi muito com a jornada dele e vou compartilhar alguns ensinamentos com vocês:
1) Autêntico: qual é a sua marca pessoal?
A palavra “indignado” nunca mais será lida com outros olhos, principalmente pelos fãs de BBB. Dono de bordões como “estou indignado”, “Brasiiiiil”, “não vou perder para basculho” e “o Brasil tá lascado”, Gil nos divertiu demais com sua autenticidade. Além disso, sempre tinha uma roupa específica às noites de “paredão”: cabelinho penteado de lado, calça marsala, sapato social, camisa rosa… O starter pack perfeito de Gil.
Outra coisa marcante no “brother” era a dancinha do “tchaki tchaki” (inspirada na música da banda Pussycat Dolls) e a sua admiração pela diva pop Britney Spears.
Portanto, sempre se questione: “O que te faz único? Qual é a sua marca registrada? Qual é o seu propósito?” Gil me fez refletir muito sobre isso.
2) Nunca pare de estudar e tenha raízes fortes
Embora Gil vá receber vários convites para parcerias com marcas e entrevistas, ele foi selecionado para fazer parte de seu Doutorado com bolsa na Universidade da Califórnia (sua primeira opção) e em uma instituição do Texas. Ou seja, como um profissional do século XXI, seja um lifelong learner: nunca pare de aprender, pois assim, você abre várias portas e possibilidades para sua carreira.
Além do mais, nada disso adianta se você não tiver raízes muito consistentes. Gil sempre falou com muito amor sobre “mainha” e sobre a fé inabalável dos dois. Sendo a sua família estruturada ou não, Gil ensina a honrar nossas origens e termos raízes bem fortes, pois quem sempre o incentivou a estudar foi sua mãe.
Independentemente de sua orientação sexual, classe social ou gênero, Gil nos convida a voltar a sonhar… Depois de todos esses ensinamentos, te pergunto: “Bora vigorar?”.
* Mariana Munis é professora de Marketing da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.