Logo após assumir a presidência dos Estados Unidos, na última quarta-feira (20), Joe Biden deu início à estratégia implementada por sua administração para combater a pandemia do novo coronavírus no país, líder mundial em número de mortes causadas pela doença – mais de 419 mil, até a tarde desta segunda (25).
O presidente declarou que irá invocar a Lei de Produção de Defesa, acionada em esforços nacionais de guerra, para estimular a fabricação de 12 itens necessários para conter o alastramento da Covid-19; entre eles, está a máscara N95, considerada por especialistas a melhor e mais segura em proteção pessoal por bloquear 95% de partículas grandes e pequenas, graças ao seu filtro eletrostático.
Em entrevista à CNN, o Dr. Abraar Karan, da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, afirmou que a N95, comumente utilizada por profissionais da área de saúde para impedir a contaminação pelo Sars-CoV-2 em hospitais, teria a capacidade de “acabar com a pandemia” se fosse amplamente adotada pela população dos EUA.
Outro especialista do segmento, Dr. Scott Gottlieb, já havia destacado a importância desse tipo de equipamento, escrevendo um artigo no jornal “Wall Street Journal” para encorajar os norte-americanos a vestir máscaras de melhor qualidade. “É um passo simples que pode fazer a diferença”, argumentou.
Com a iniciativa do governo Biden, autoridades em saúde do país esperam que máscaras desse padrão sejam fabricadas em escala e velocidade que possibilitem o uso massivo pela população. “Uma N95 bem ajustada é claramente o melhor que se pode fazer. Você pode produzi-la em uma taxa muito mais alta agora”, avaliou o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA.
Para Karan, a difusão da N95 pode ser um aliado essencial para a reabertura da economia no país: “Se nós temos melhores equipamentos de proteção para as pessoas, elas podem voltar a trabalhar com maior segurança”.