A visita de Jair Bolsonaro (sem partido) a um avião comercial no Aeroporto de Vitória (ES), na última sexta-feira (11), ainda reverbera na política e no mercado. Na ocasião, o presidente da República, em sua primeira passagem pela capital capixaba desde a eleição de 2018, subiu a bordo de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas para cumprimentar tripulantes e passageiros, gerando aglomeração e chegando a retirar sua máscara de proteção enquanto reagia às manifestações de apoiadores e críticos.
Nesta quarta-feira (16), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aprovou requerimento para pedir que o presidente da Azul, John Rodgerson, preste esclarecimentos em até dez dias sobre a presença de Bolsonaro no avião.
De sua parte, segundo a coluna Radar Econômico, da revista Veja, os gestores da empresa se mostraram contrariados com a repercussão do episódio, causado pelo piloto da aeronave, que convidou o chefe do Executivo ao encontrá-lo no aeroporto e pode ser visto em vídeo ao seu lado, sem máscara, já dentro do veículo.
O alto escalão da companhia, que só teria tomado conhecimento do ocorrido através de gravações dos próprios passageiros, compartilhadas nas redes sociais, atualmente estuda punir o funcionário por este não ter usado a proteção facial obrigatória dentro do avião, enquanto interagia com o presidente.
A Azul destacou que não quer ser vinculada a nenhum tipo de direcionamento político, mas não pode condenar as inclinações ideológicas próprias de seus profissionais.
(com informações de Estadão Conteúdo e Veja)