Divulgado nesta semana, o anúncio da NASA, a agência espacial norte-americana, sobre a possibilidade de um asteroide atingir a Terra no próximo ano pode preocupar a população, especialmente pela reprodução equivocada das informações sobre o caso. Mas não há motivo para pânico.
Diferentemente do que foi publicado em alguns veículos de imprensa, o 2009 JF1, como a NASA nomeou a rocha espacial, tem apenas 13 metros de diâmetro, e não 130 metros – um tamanho muito aquém do que aquele considerado potencialmente perigoso para os cientistas. Além disso, a chance de se chocar com o planeta, prevista para o dia 6 de maio de 2022, é de 0,026%, ou seja, uma em 3.800.
Mesmo que atingisse a superfície terrestre, o asteroide de 2,8 mil toneladas não causaria grande impacto. Em entrevista à CNN Brasil, o professor Roberto Costa, do Instituto de Astronomia e Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), explicou que a estrutura se fragmentaria em pedaços ao entrar em contato com a atmosfera da Terra e poderia danificar janelas ou telhados, mas mais provavelmente cairia no oceano.
A NASA seguirá monitorando a órbita do 2009 JF1 através do sistema Sentry, responsável por catalogar asteroides e projetar suas trajetórias pelos próximos 100 anos, buscando assim prever possíveis impactos com a Terra.