A Apple se tornou nesta segunda-feira (3) a primeira empresa do mundo a alcançar US$ 3 trilhões (mais de R$ 17 trilhões) em valor de mercado. O montante é maior que o dobro do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 (R$ 7,5 trilhões, segundo dados do IBGE), além de superar a economia do Reino Unido e o valor de todas as empresas alemãs registradas na Bolsa de Frankfurt, de acordo com a agência Bloomberg.
Neste primeiro dia de negociações do ano no mercado norte-americano, os papéis da big tech chegaram ao recorde de US$ 182,88.
Segundo o analista de mercado sênior da Oanda, Craig Erlam, a marca de hoje, obtida menos de quatro anos após a companhia superar o US$ 1 trilhão, “é uma conquista fenomenal e destaca o domínio incrível das empresas de tecnologia dos EUA”. “E ainda há muito por vir da Apple, o que faz você se perguntar qual marco eles passarão em seguida e quão grandes eles podem se tornar”, acrescenta.
De fato, na avaliação de Katy Huberty, analista do Morgan Stanley, os ativos da empresa ainda estão subvalorizados caso sejam considerados os saltos de receita estimados para os próximos anos, quando a Apple pretende lançar veículos autônomos e acessórios de realidade aumentada e virtual: “a Apple deve se beneficiar de um voo para a qualidade, especialmente à medida que as vantagens de novas categorias de produtos são precificadas”.
Mantendo um ritmo consistente no lançamento de produtos inovadores com amplo apelo a consumidores de eletrônicos em todo o mundo, a companhia se apresenta como destino relativamente seguro para investimentos. Seu desempenho em vendas e grande saldo em caixa garantiram um retorno de 22.000% desde o final dos anos 1990, o que corresponde a aproximadamente 28% ao ano.
(com Bloomberg)