A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou nesta sexta-feira (12) a aprovação do antiviral Remdesivir como o primeiro medicamento registrado no Brasil para o tratamento de pacientes hospitalizados com Covid-19.
O gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da entidade, Gustavo Mendes, afirmou que o registro do remédio “é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas” em sua análise. Segundo a Anvisa, testes indicaram que infectados que receberam o Remdesivir se recuperaram mais rapidamente da doença, apresentando melhora clínica em dez dias.
Aplicado por injeção intravenosa, o medicamento já vem sendo utilizado de forma emergencial nos Estados Unidos e países europeus, tendo sido administrado inclusive no tratamento do ex-presidente norte-americano Donald Trump, em outubro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou, porém, que desaconselha o uso do remédio para combater a Covid-19, por considerar que ele não apresenta eficácia contra o agravamento da infecção ou sua mortalidade.
De acordo com o registro concedido pela Anvisa, o Remdesivir poderá ser adotado para tratar adultos e adolescentes maiores de 12 anos com pelo menos 40 kg, internados com quadro de pneumonia e necessitando de administração suplementar de oxigênio – não estando, contudo, em condição de ventilação mecânica. A terapia deve durar entre cinco e dez dias.
Ainda segundo a agência, o remédio será vendido como “pó para solução injetável” sob o nome comercial Veklury, com prazo de validade de 36 meses.