Depois de uma declaração controversa do ministério da Saúde da Rússia sobre a necessidade de abstinência de álcool para a vacinação contra a Covid-19, a entidade responsável pelo desenvolvimento do imunizante nacional veio a público para esclarecer a polêmica, gerada em um país conhecido pelo alto consumo de bebidas alcoólicas.
Em comunicado na última quarta-feira (9), Alexander Gintsburg, diretor do Instituto Gamaleia, que fabrica a vacina Sputnik V contra o novo coronavírus, afirmou que o paciente deve ficar apenas seis dias sem beber durante o processo de imunização – três dias seguidos a cada uma das duas aplicações. O anúncio desmente alerta da médica Anna Popova, membro do ministério da Saúde russo; ainda nesta semana, ela havia dito que os cidadãos deverão passar por 56 dias de abstinência alcoólica para a campanha de vacinação: duas semanas antes da primeira dose, 21 dias entre esta e a segunda dose, e outros 21 depois dela.
“Obviamente, não há proibição total do álcool durante todo o curso da vacinação”, assegurou Gintsburg. “Falamos de moderação razoável no consumo até que o corpo tenha formado sua resposta imunológica à infecção por coronavírus”, acrescentou, ressaltando, porém, que “é importante compreender que o consumo excessivo de álcool pode reduzir significativamente a imunidade, tornando a vacinação menos eficaz ou totalmente inútil”.
O programa de vacinação da Sputnik V na Rússia teve início no último dia 5.