O nome é esquisito, mas a ideia é simples: usar os princípios do crowdfunding, modalidade de financiamento bastante utilizada para viabilizar projetos artísticos e científicos, para a compra de participação em startups com alto potencial. Esse é o equity crowdfunding.
Em vez de brindes, o apoiador ganha ações cujo valor pode ser resgatado lá na frente com bastante ágio. “Se o investidor quer ter retorno acima da média, do CDI, precisa diversificar sua carteira. Não vivemos mais num mundo com taxas de juros de dois dígitos e alta liquidez”, afirma Rodrigo Carneiro, CEO da SMU.
Conheça a SMU Investimentos e saiba como se tornar um investidor de startups.
Calejado no mundo dos investimentos, Carneiro fundou a SMU em 2014. A plataforma já ajudou a viabilizar negócios de alto impacto que deram retornos expressivos para os investidores. Alguns deses cases estão no episódio 237 do podcast Café com ADM. Ouça abaixo e siga-nos no Spotify.
Investidores reaplicam lucros
Mas o investidor não pode ignorar que se trata de um investimento alternativo de alto risco. Portanto, o equity crowdfunding deve compor uma parte pequena da carteira. “Todo investidor deveria alocar uma pequena parte do portfólio, entre 5% e 10%, em investimentos alternativos e crowdfunding é uma opção”, indica Carneiro.
O modelo, segundo o executivo, é tão bem sucedido que os investidores reaplicam os lucros já realizados em captações anteriores em outras empresas. “Essa criação de riqueza, multiplicação do capital, retroalimenta todo o sistema. A maioria dos investidores retira o investimento original corrigido pela CDI e reinveste o restante em outras empresas”, diz.
Se você tem interesse em equity crowdfunding — seja para
investir, seja para captar recursos para sua startup ou apenas por
curiosidade — participe do grupo aberto da SMU no WhatsApp.
Não se trata, portanto, de investir apenas por investir e multiplicar lucros. O investidor de startups tem um perfil diferente do investidor de bolsa. Ele cria uma conexão com o negócio e se sente participante. Há histórias de investidores que se tornaram CFOs e funcionários de empresas em que aplicaram recursos via SMU — ouça algumas delas no podcast.
O segredo é o networking
Na SMU, é possível analisar o perfil — ou pitch — de cada startup que realiza captações na plataforma, bem como o tipo de oferta e de contrato, a meta de arrecadação, o investimento mínimo e todos os documentos necessários.
“A principal meta da SMU não é captar, e sim fazer as empresas que captaram darem certo e proporcionarem retorno para o investidor e para nós também”, afirma o CEO.
Ele explica que a atuação da SMU vai além da captação em si. “Queremos apresentar essa empresa para a nossa network: mostrar em um podcast, levar para uma corporação que precisa daquele produto ou serviço, para um fundo que vai fazer uma série A para ela. A gente fica mapeando maneiras de ajudar as empresas dessas maneiras, mas sem forçar a barra”, detalha.