O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (22), durante a abertura da Cúpula de Líderes sobre o Clima, que o país está comprometido a reduzir pela metade, até 2030, a emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, em relação aos níveis registrados em 2005.
Mirando um corte entre 50% e 52%, a nova meta é quase o dobro da anterior, estabelecida em 2015 pelo então presidente Barack Obama, de 26% a 28%, e representa um avanço importante em um plano ainda maior de Biden: neutralizar as emissões de carbono dos EUA – responsáveis por cerca de 15% delas em todo o mundo – até 2050.
O projeto definirá metas para governos estaduais, prefeituras e empresas, com investimentos em infraestrutura verde e uma atenção especial aos setores da economia que mais contribuem para a poluição, como os segmentos energético e automobilístico – cuja eletrificação já tem sido estimulada pelo governo Biden.
“Nós devemos fazer investimentos em nome das pessoas, e da energia limpa porque os bons empregos de amanhã virão daí, de uma sociedade mais resiliente e competitiva, então vamos agora nos unir por esse futuro mais sustentável desde agora e superar essa crise existencial dos nossos tempos. Isso é extremamente importante”, declarou o presidente norte-americano, cujas medidas ainda precisarão ser aprovadas pelo Congresso.
Com seu novo posicionamento na questão climática, oposto à administração anterior de Donald Trump, os EUA buscam incentivar outras nações a impor objetivos semelhantes no combate ao aquecimento global, tendo em vista a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, prevista para novembro, em Glasgow (Escócia).
O presidente Jair Bolsonaro deve discursar ainda hoje na Cúpula de Líderes sobre o Clima, que ocorre virtualmente até esta sexta (23).
(com informações de G1 e UOL)