A rede social Parler, conhecida por reunir conservadores e extremistas de direita partidários de Donald Trump, solicitou nesta quinta-feira (14) à Justiça dos Estados Unidos que a Amazon volte a hospedá-la imediatamente em seus servidores. Assim como Google e Apple, a big tech de Jeff Bezos removeu a plataforma de seus serviços sob alegação de que esta foi utilizada para o planejamento da invasão à sede do Congresso norte-americano por apoiadores radicais do presidente, no último dia 6. As informações são das agências de notícias AFP e Reuters.
“Milhões de norte-americanos cumpridores da lei tiveram suas vozes silenciadas”, declarou David Groesbeck, advogado do Parler, segundo o qual não há evidência de que o aplicativo tenha sido envolvido na incitação ao ataque em Washington (EUA). Em audiência perante a juíza distrital Barbara Rothstein, o Parler reclamou que a Amazon não teria o direito contratual de suspender a plataforma, fazendo-o por motivação política.
Por sua vez, a advogada da Amazon, Ambika Doran, lembrou que a remoção do Parler também se deve à ausência de um plano de moderação para fiscalizar e coibir conteúdos de usuários que encorajam estupro, assassinato e tortura, com exemplos já identificados pela empresa. “Nada na lei exige que a Amazon Web Services permita esse tipo de conteúdo [em seus servidores]”, afirmou Doran.