O design thinking em si não é novo, mas a maneira que esta abordagem está sendo aplicada ao mercado de trabalho vem ganhando terreno. Como a inteligência artificial e automação estão se difundindo nas organizações e as empresas precisam se tornar mais ágeis para responder às mudanças dos mercados ao redor delas, é importante ter certeza que os processos são otimizados.
Nesse cenário, como ser um líder que encontra soluções inovadoras e criativas para os problemas e as usa a seu favor na gestão de pessoas? “Os líderes precisam ser modelos nesse momento e reconhecer a mudança. Dentro da estrutura do negócio, o líder ocupa uma posição de destaque, sendo responsável não só por gerenciar pessoas, mas também por inspirá-las, motivá-las e aproveitar ao máximo as suas capacidades e potenciais”, afirma Fernanda Siqueira, diretora da Hays Executive.
A forma como o design thinking propõe para solucionar problemas supera o modelo tradicional de geração de resultado e trabalho em equipe, sendo uma ferramenta essencial para simplificar e humanizar processos. Não é algo extra, mas sim uma competência imprescindível. A liderança do futuro precisa desenvolver habilidades para lidar com as questões do mercado moderno e acompanhar características e mudanças da sociedade que acontecem cada vez mais rápido para promover inovação por meio de sua posição.
Esse líder deve ser capaz de enfrentar o contexto atual do mercado e entender novas dinâmicas e as novas gerações que chegam ao mercado de trabalho. Sabendo compreender e gerir melhor os desejos, ambições e necessidades da sua equipe, é possível favorecer a inovação. Um dos passos para começar esse processo é criar uma cultura aberta onde as ideias são compartilhadas de forma colaborativa em todos os níveis. Todos ganham visibilidade máxima e interagem com pessoas de diferentes funções, gerando uma compreensão mais ampla dos diferentes papéis e de como a empresa funciona.
A implementação do design thinking parece ser algo assustador no início, mas há três dicas que o líder pode começar a refletir:
· Pensar sobre o papel do design
Você criou cargos ou camadas onde não precisa deles? Essas funções adicionais ajudam ou atrapalham seus objetivos de negócios?
· Tenha o seu cliente em mente
Pense primeiro sobre o modo como seu cliente experiencia sua marca. Como sua estrutura e processos de gerenciamento podem complementar essa experiência?
· Essa mudança não precisa ser radical
Optar por desenvolver uma empresa mais ágil e voltada para o pensamento do design thinking não significa que você precisará demitir todos os seus gerentes. Mudanças adicionais, como maior envolvimento da equipe na tomada de decisões, podem ajudar sua organização a se tornar mais ágil e menos hierárquica.
O design thinking e como isso afeta o design organizacional não é um estado final – é algo que evolui com o tempo. O primeiro passo é que os líderes compreendam o próprio negócio em vez de tentarem impor algo que não se encaixa. Eles precisam ouvir sua organização – os problemas com a cultura organizacional são geralmente atribuídos a “nossos funcionários fazem X ou Y”, quando na verdade a liderança está passando a impressão errada.