De acordo com estudo divulgado nesta semana na revista científica New England Journal of Medicine, as vacinas desenvolvidas contra a Covid-19 pelos laboratórios AstraZeneca e Pfizer demonstraram eficácia no combate à variante Delta, cepa do novo coronavírus originalmente identificada na Índia e considerada mais transmissível que suas outras mutações já registradas.
A pesquisa, realizada com mais de 19 mil pessoas no Reino Unido, constatou que duas doses do imunizante da Pfizer se mostraram 88% eficazes para prevenir casos sintomáticos da Delta, enquanto a fórmula da AstraZeneca assegurou 67% de eficácia contra o mesmo tipo de quadro.
Os dados do estudo também destacam a importância da imunização completa contra a Covid-19 com uma segunda aplicação das vacinas, já que, com apenas uma dose, as fórmulas da Pfizer e da AstraZeneca revelaram baixas taxas de proteção no combate à cepa – 36% e 30%, respectivamente.
“Nossa descoberta de eficácia reduzida após a primeira dose apoia os esforços para maximizar a aplicação da vacina com duas doses entre grupos vulneráveis no contexto da circulação da variante Delta”, declararam pesquisadores do Departamento de Saúde Pública da Inglaterra, responsáveis pelo trabalho.
Apesar dessa pesquisa não ter avaliado a eficácia das vacinas contra casos graves e mortes pela Delta, outros estudos indicam que os imunizantes ainda garantem desempenho satisfatório para evitar tais quadros.
Considerada atualmente a cepa dominante na maior parte do mundo, a Delta já responde por 135 casos de Covid-19 no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
(com informações de Terra)