A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta terça-feira (1º) ter aprovado o uso emergencial da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac, reconhecendo que a fórmula “atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação” e recomendando sua aplicação em duas doses, com intervalo de duas a quatro semanas, em pessoas com 18 anos ou mais.
Foi constatado que a vacina preveniu casos sintomáticos da Covid-19 em 51% dos vacinados e quadros graves e hospitalização pela infecção em 100% da população estudada.
Além da CoronaVac, a OMS já havia autorizado o uso em caráter emergencial dos imunizantes contra o novo coronavírus produzidos pelas empresas e parcerias Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson, Sinopharm e Moderna.
Com sua aprovação, a CoronaVac poderá integrar o consórcio internacional liderado pelo órgão, o Covax, que distribui vacinas para combater a pandemia em países com menos recursos para adquiri-las no mercado, incluindo o Brasil – onde o imunizante chinês, um dos três atualmente utilizados no programa nacional de vacinação, corresponde a 80% das doses aplicadas, segundo o colunista Jamil Chade, do UOL.
A OMS destacou que a facilidade de armazenamento da CoronaVac, que pode ser guardada em temperatura normal de refrigeração (2ºC a 8ºC), a torna “muito gerenciável e particularmente adequada para cenários de poucos recursos”. “É vital fazer com que essas vacinas e equipamentos cheguem rapidamente àqueles que necessitam”, ressaltou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
O reconhecimento dado pelo órgão também gera expectativa para que turistas brasileiros imunizados pela CoronaVac possam visitar destinos internacionais adeptos do sistema do “passaporte de vacinação”, que permitem a entrada de estrangeiros que tenham recebido alguma vacina internacionalmente chancelada contra a Covid-19.
Apesar de incluir somente as fórmulas da Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen em sua relação de vacinas aprovadas, a União Europeia já sinalizou que governos de seus 27 países membros podem adicionar outros imunizantes autorizados pela OMS em suas próprias listas.
(com informações de UOL e Globo)