Nas notícias sobre política, os blocos econômicos são temas constantes. O crescimento do comércio exterior e as facilidades das relações entre os países integrantes fazem com que eles sejam relevantes para determinada região.
O que nem todos percebem é que esses blocos também são úteis para as empresas. A partir de planejamento e estudos de viabilidade, é possível negociar com mais rapidez e menos burocracia, ampliando a sua atuação.
Da mesma forma, a logística internacional é simplificada, desde que suas particularidades sejam observadas. Para aproveitar os benefícios, é preciso entender mais sobre os blocos econômicos e como eles interferem no comércio internacional. É o que veremos neste conteúdo. Confira!
O que são blocos econômicos?
Os blocos econômicos são parcerias feitas entre um grupo de países com o objetivo de facilitar as trocas comerciais regionais. O propósito é que todos os integrantes se ajudem e consigam aumentar os dados econômicos, como empregos, Produto Interno Bruto (PIB), poder de compra da população e o número de empresas multinacionais.
A ideia dessa integração surgiu ainda na Segunda Guerra Mundial. Na época, Bélgica, Holanda e Luxemburgo se reuniram com o objetivo de incentivar suas economias e implementaram o Benelux.
Ao longo do século 20, outros blocos econômicos surgiram. Além disso, foram estruturados de diferentes maneiras no que se refere à integração. Os tipos mais comuns são:
Zona de livre comércio
Os países fazem a liberação de mercadorias e capitais nos seus territórios. O objetivo é fazer uma integração menor, com foco nos produtos e nos lucros.
União aduaneira
É maior do que a zona de livre comércio, porque também tem uma Tarifa Externa Comum (TEC) aos países não integrantes. Essa é uma taxa de importação padronizada.
Mercado comum
Oferece o maior nível de integração. Abrange os dois modelos anteriores e ainda amplia as relações entre os envolvidos. O propósito é padronizar as legislações econômicas, as leis trabalhistas e a circulação de pessoas. As empresas têm facilidade de se instalar em qualquer um dos países do bloco.
União econômica e monetária
É adotada uma moeda única e criado um banco central específico para o bloco econômico.
Qualquer que seja o modelo, é uma forma de melhorar as condições do comércio exterior. Por isso, as empresas também são beneficiadas, em maior ou menor grau.
Para que servem os blocos econômicos?
Os países que integram esses grupos obtêm várias vantagens. As empresas de uma nação conseguem se instalar em outra com facilidade, assim como fazer processos de importação e exportação.
Esses benefícios são derivados da dinamização das relações econômicas. Assim, eles garantem a redução ou eliminação de impostos em transações comerciais. Tudo depende do tipo implementado, que pode ter mais ou menos vantagens, como já explicado.
De toda forma, existem alguns objetivos entre os países membros dos blocos econômicos. Entre eles estão:
- cooperação tecnológica;
- redução das barreiras para a movimentação de trabalhadores;
- facilitação de comércio e de novos negócios;
- aumento do poder econômico, cultural e político;
- abertura de investimentos no exterior.
Qual a relação entre os blocos econômicos e as oportunidades de negócios?
Os blocos econômicos têm como principal característica a troca de informações e econômicas. Com a livre negociação, as empresas têm mais facilidade de criarem filiais e atuarem no exterior. Ao mesmo tempo, existe amplo acesso a produtos e tecnologia.
Por outro lado, a atuação em blocos econômicos também exige um cuidado maior, já que é preciso adaptar processos, em muitos casos. Aqui, existe o risco de prejuízos financeiros e redução dos investimentos e dos postos de trabalho.
Ao mesmo tempo, a reformulação da estratégia permite mudar o direcionamento da empresa e oferecer eficiência. É o caso da implementação de sistemas de gestão (ERPs) integrados, que garantem o controle dos dados, inclusive os financeiros.
Mais do que isso, existe a possibilidade dos países implementarem tarifas mais baixas. Assim, as empresas conseguem expandir suas operações e, ao mesmo tempo, pagar menos do que normalmente ocorreria. Surge um benefício econômico, portanto.
Quais são os principais blocos econômicos? Veja 7 deles
Existem vários exemplos de blocos econômicos no mundo. A seguir, listaremos os 7 principais. Confira!
1. Mercosul
Criado em 1991, o Mercado Comum do Sul é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. Ainda existem outros Estados associados. Eles são Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname.
Apesar de fazer parte, a Venezuela está com seus direitos e obrigações suspensas devido a questões de ruptura da ordem democrática. Ainda assim, o objetivo do grupo é acabar com as barreiras comerciais e aumentar o comércio entre os países. Também existem conversas para implementar uma tarifa zero e uma moeda única.
Uma característica é o fato do nome ser Mercado Comum do Sul, mas esse grupo ser uma união aduaneira, na prática.
2. BRICS
Foi formado entre os países emergentes, em 2006. O nome é a sigla das nações participantes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. As principais iniciativas foram relativas a grupos de cooperação em áreas de interesse, como:
- agronegócio;
- combate ao terrorismo;
- avanços espaciais.
Apesar de prever a possibilidade de acordos comerciais, o foco atual não é esse. Uma característica do BRICS é não ser formalizado. No entanto, a importância dos países aumenta.
3. União Europeia
É considerado o maior bloco econômico do mundo atual. A União Europeia foi fundada efetivamente em 1993. No entanto, ela veio de uma evolução da antiga Comunidade Econômica Europeia (CEE), criada em 1957.
Existem 27 países participantes. O último a sair foi o Reino Unido, em 2020. Os atuais integrantes são:
- Alemanha;
- Áustria;
- Bélgica;
- Bulgária;
- República Tcheca;
- Chipre;
- Croácia;
- Dinamarca;
- Eslováquia;
- Eslovênia;
- Espanha;
- Estônia;
- Finlândia;
- França;
- Grécia;
- Hungria;
- Irlanda;
- Itália;
- Letônia;
- Lituânia;
- Luxemburgo;
- Malta;
- Países Baixos;
- Polônia;
- Portugal;
- Romênia;
- Suécia.
A principal característica é a moeda única, o euro. Hoje, é a mais forte do mundo, apesar do dólar ainda ser a referência.
4. NAFTA
É o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, que inclui os 3 países da América do Norte: Canadá, México e Estados Unidos. Formado em 1994, apresenta vantagens no acesso aos mercados. Entre os benefícios estão:
- término das barreiras alfandegárias;
- existência de regras comerciais comuns;
- proteção comercial e padrões;
- implementação de leis financeiras.
Não é uma zona livre de comércio. No entanto, ocorreu a redução de tarifas para diversos produtos. Além disso, foi possível ampliar o mercado consumidor e alcançar a modernização industrial dos países.
5. APEC
É a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. O grupo foi criado em 1993 em Seattle, nos Estados Unidos. Além desse país, outros participantes são:
- Japão;
- China;
- Taiwan;
- Coreia do Sul;
- Hong Kong;
- Singapura;
- Malásia;
- Tailândia;
- Indonésia;
- Brunei;
- Filipinas;
- Austrália;
- Nova Zelândia;
- Papua Nova Guiné;
- Canadá;
- México;
- Rússia;
- Peru;
- Vietnã;
- Chile.
No começo, a APEC tinha o objetivo de ser um fórum para decisões econômicas. Depois, foi feita a tentativa de implementar uma zona de livre comércio. No entanto, as diferenças entre os países impediram a continuidade.
6. ASEAN
É a Associação de Nações do Sudeste Asiático. Surgiu em 1967 e é composta pelos seguintes países:
- Tailândia;
- Filipinas;
- Malásia;
- Singapura;
- Indonésia;
- Brunei;
- Vietnã;
- Mianmar;
- Laos;
- Camboja.
A ASEAN é uma união aduaneira. O propósito é garantir a integração política e econômica das nações.
7. MCCA
É o Mercado Comum Centro-Americano. É formado por países da América Central:
- Nicarágua;
- Guatemala;
- El Salvador;
- Honduras;
- Costa Rica.
O objetivo é a integração econômica entre os países. Apesar disso, o MCCA tem baixa relevância ainda hoje.
Assim, o Brasil está presente em dois blocos econômicos: Mercosul e BRICS. Você pode aproveitar essa vantagem para ampliar seu negócio e fazer operações internacionais. Nesse caso, precisará de uma plataforma de transferências internacionais.
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