Mesmo antes de o desemprego ser agravado pela pandemia, os jovens brasileiros já buscavam uma alternativa para empreender. Dados levantados pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD) indicam que, desde o início de 2020, os brasileiros de 18 a 29 anos representam 48,1% empreendedores independentes que atuam na área de vendas diretas.
“Com o uso da tecnologia e mídias sociais para divulgar e vender os seus produtos e serviços, trabalhar com vendas diretas é uma excelente oportunidade para esse público, que sonha em empreender, mas não quer ter risco ou investimento inicial. Além disso, a atividade oferece flexibilidade de horário e autonomia, como almeja grande parte da nova geração de brasileiros”, avalia a presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca.
Na comparação com a pesquisa realizada em 2020 pela entidade, outra diferença do cenário atual é o crescimento de homens que atuam no setor, chegando a 42,2%, e a mudança dos meios de divulgação dos produtos, sendo que o aplicativo de comunicação WhatsApp (84,7%) e as mídias sociais (79,8%) tomaram a frente e hoje são os mais utilizados para os negócios da área.
O levantamento mostra ainda que aqueles que inovaram na maneira de vender, para além do método tradicional de porta em porta e sua própria casa – 29,1% das vendas totais -, obtiveram resultados assertivos, já que internet, WhatsApp e mídias sociais alcançaram o percentual de 53,5% das vendas, indicando que o melhor caminho para prosperar no segmento passa pela combinação das duas formas de atuação.