O Nubank, Rappi, 99 e Cabify têm mais em comum do que serem startups da América Latina avaliadas em mais de um bilhão de dólares. Essas companhias são filhas de uma turma de latinos que se conheceram enquanto estudavam numa das mais importantes universidades dos Estados Unidos: a californiana Stanford.
O portal Tech Crunch traçou o início dessas companhias ao relacionamento amistoso e profissional que seus fundadores criaram enquanto estudavam na escola de negócios de Stanford, no período ao redor de 2010. Adeyemi Ajao, Carlo Dapuzzo e Juan de Antonio conviviam bastante dentro e fora do campus.
No tempo que se conheceram, Ajao vendia sua primeira empresa por US$ 100 milhões, enquanto Dapuzzo dava um tempo do seu trabalho no fundo de investimentos Monashees e Juan abandonou seu trabalho de consultor na BCG pois conseguira uma bolsa do governo americano para estudar em Stanford.
Logo depois disso, em cerca de dois anos, Ajao se tornaria o investidor-fundador na companhia de transportes de Juan, a Cabify, focada na América Latina e na Europa; e Dapuzzo estaria germinando o serviço do 99Táxis. Hoje, a Cabify vale mais de US$ 1 bilhão e tem focado seu negócio, principalmente, na América Latina enquanto a 99 foi vendida para uma companhia chinesa do mesmo gênero, a Didi — tornando-se a primeira maior negociação na recente história das startups latino americanas.
Aquela turma de Stanford é responsável, segundo credita a Tech Crunch, pelo período de “renascença” das startups na América Latina — mais precisamente na Colômbia, Brasil e México, de acordo com o que Ajao assinalou ao site de notícias. E o mesmo clima de colaboração reflete nos negócios, hoje: cada uma das empresas investe na outra ou as auxilia de alguma forma; ainda segundo Ajao, todos ali se conhecem e literalmente são todos amigos.